O que fazer se seu carro ficou alagado?
De Lucas Bessel, do R7
Temporada de chuvas traz risco de perda total para veículos presos em enchentes
JF Diorio/AE
Motorista recebe ajuda para empurrar carro durante enchente do córrego Aricanduva, na capital paulista
Todo verão é a mesma história: em um dia quente, as nuvens se formam ali pelo meio da tarde. Momentos depois, o temporal vem com força, alaga as ruas, invade casas e, é claro, cobre os carros.
O prejuízo para quem tem o veículo afetado pelas enchentes varia de algumas centenas de reais à perda total, dependendo do modelo do carro e das partes atingidas pela água. E, se você for pego nessa infeliz situação, o único jeito é ligar para o seguro (se tiver) e mandar o carango imediatamente para o conserto.
Na oficina especializada, o veículo será deixado "na lata". Luiz Carlos de Almeida, proprietário da Lucar, empresa da capital paulista que há 25 anos recupera carros afetados por enchentes, explica que o processo de limpeza e secamento - mesmo quando o motor e a parte elétrica estão intactos - é longo e trabalhoso.
- Nós desmontamos toda a tapeçaria, separamos as espumas dos bancos, os tecidos e as ferragens. Tudo é lavado, dedetizado e desinfetado separadamente, até duas vezes. A lataria também é lavada e dedetizada. As portas são desmontadas para lavagem e secagem. Depois, aplicamos antiferrugem em tudo para que não oxide.
Só esse processo de higienização e secagem pode custar de R$ 400, se for um veículo popular com apenas o assoalho afetado, a R$ 8.000, no caso de um importado com os assentos ensopados. O prazo do serviço também não é moleza: de 15 a 30 dias, dependendo da demanda das oficinas.
Elétrica e motor causam os maiores prejuízos
Os custos aumentam ainda mais se a parte elétrica e o motor forem afetados. Nessa situação, o conserto pode ficar tão caro que as seguradoras declaram perda total do veículo. Sedãs luxuosos importados, por exemplo, chegam a carregar até R$ 40 mil em módulos eletrônicos que, se molhados, viram nada mais que peso morto.
Os motores, se aspirarem água, também podem ser totalmente inutilizados, como explica Pedro Scopino, proprietário da Auto Mecânica Scopino e consultor técnico do Sindirepa (sindicato de empresas de reparação).
- O motor trabalha com ar, que, ao contrário da água, é facilmente comprimido. Se a água entrar nos cilindros e o motor estiver funcionando, a chance de ele estourar é muito grande.
Essa falha catastrófica é conhecida como calço hidráulico. A água nos cilindros do motor impede o movimento correto dos pistões, forçando as demais peças e deformando-as. Por causa desses riscos, os especialistas aconselham a nunca ligar um carro que tenha sido alagado.
O melhor é ficar longe da água
Em situação enchente, o melhor é ser prudente. Por mais que o alagamento pareça ser pequeno, o motorista não deve tentar atravessá-lo. Segundo Marcelo Sebastião, diretor de Auto da Porto Seguro, além de colocar a vida e os bens em risco, o proprietário dá à seguradora um possível motivo para negar a indenização.
- Se isso for comprovado, o segurado pode perder o direito à indenização.
Se não tiver jeito de escapar da enchente, a melhor coisa a fazer é desligar o carro, trancar tudo e buscar um lugar seguro.
O prejuízo para quem tem o veículo afetado pelas enchentes varia de algumas centenas de reais à perda total, dependendo do modelo do carro e das partes atingidas pela água. E, se você for pego nessa infeliz situação, o único jeito é ligar para o seguro (se tiver) e mandar o carango imediatamente para o conserto.
Na oficina especializada, o veículo será deixado "na lata". Luiz Carlos de Almeida, proprietário da Lucar, empresa da capital paulista que há 25 anos recupera carros afetados por enchentes, explica que o processo de limpeza e secamento - mesmo quando o motor e a parte elétrica estão intactos - é longo e trabalhoso.
- Nós desmontamos toda a tapeçaria, separamos as espumas dos bancos, os tecidos e as ferragens. Tudo é lavado, dedetizado e desinfetado separadamente, até duas vezes. A lataria também é lavada e dedetizada. As portas são desmontadas para lavagem e secagem. Depois, aplicamos antiferrugem em tudo para que não oxide.
Só esse processo de higienização e secagem pode custar de R$ 400, se for um veículo popular com apenas o assoalho afetado, a R$ 8.000, no caso de um importado com os assentos ensopados. O prazo do serviço também não é moleza: de 15 a 30 dias, dependendo da demanda das oficinas.
Elétrica e motor causam os maiores prejuízos
Os custos aumentam ainda mais se a parte elétrica e o motor forem afetados. Nessa situação, o conserto pode ficar tão caro que as seguradoras declaram perda total do veículo. Sedãs luxuosos importados, por exemplo, chegam a carregar até R$ 40 mil em módulos eletrônicos que, se molhados, viram nada mais que peso morto.
Os motores, se aspirarem água, também podem ser totalmente inutilizados, como explica Pedro Scopino, proprietário da Auto Mecânica Scopino e consultor técnico do Sindirepa (sindicato de empresas de reparação).
- O motor trabalha com ar, que, ao contrário da água, é facilmente comprimido. Se a água entrar nos cilindros e o motor estiver funcionando, a chance de ele estourar é muito grande.
Essa falha catastrófica é conhecida como calço hidráulico. A água nos cilindros do motor impede o movimento correto dos pistões, forçando as demais peças e deformando-as. Por causa desses riscos, os especialistas aconselham a nunca ligar um carro que tenha sido alagado.
O melhor é ficar longe da água
Em situação enchente, o melhor é ser prudente. Por mais que o alagamento pareça ser pequeno, o motorista não deve tentar atravessá-lo. Segundo Marcelo Sebastião, diretor de Auto da Porto Seguro, além de colocar a vida e os bens em risco, o proprietário dá à seguradora um possível motivo para negar a indenização.
- Se isso for comprovado, o segurado pode perder o direito à indenização.
Se não tiver jeito de escapar da enchente, a melhor coisa a fazer é desligar o carro, trancar tudo e buscar um lugar seguro.
fonte: http://noticias.r7.com/carros/noticias/saiba-o-que-fazer-se-seu-carro-ficou-alagado-20120116.html