Mais importante que saber se ele funciona é saber de que maneira funciona, se não há efeitos colaterais indesejados tanto para os aparelhos quanto para o automóvel, como uma sobrecarga ou um curto-circuito.
Para isso, pedimos ajuda ao Centro de Pesquisas Elétricas da FEI. Submetidos a testes de eficiência, os dois equipamentos (110 V de 150 W e 200 V de 75 W) demonstraram que funcionam, com algumas ressalvas – sobretudo para equipamentos de som, que podem ter a qualidade de áudio comprometida, com chiados, por exemplo. Outro senão é o possível mau funcionamento de motores com controle de velocidade, como ventiladores. “Alguns rádios e televisores podem apresentar ruído com o inversor”, diz o engenheiro Heldai Ferreira, que comandou os experimentos no laboratório. Já no teste de potência, foi totalmente aprovado. “Ele cumpre o que diz a embalagem, que promete uma eficiência otimizada de 90,5%.”
“Ainda pode haver interferência em equipamentos próximos, mesmo que não estejam ligados ao carro”, diz Renato Giacomini, chefe de departamento da área na FEI. Vale lembrar que a potência do conversor de 100 V (150 W) pode ser muito alta para as tomadas do carro, que em geral suportam no máximo 120 W. Assim, veja primeiro qual é a potência exigida pelo aparelho antes de ligá-lo. Ao menos, a embalagem previne para não usar o Power Inverter com o motor desligado, de modo a não danificar a bateria.
Foram constatadas ainda algumas imprecisões na embalagem (“tensão contínua” onde seria “potência”) e falta de dados sobre as normas atendidas. Por fim, a tomada não atende o novo padrão brasileiro. “Vamos promover em breve várias alterações na embalagem”, diz Kuratani.
O conversor funciona bem quando ligado ao acendedor ou à tomada de 12 volts, mas pode comprometer a qualidade de áudio de alguns aparelhos de som.
Fonte: http://quatrorodas.abril.com.br/autoservico/cumpre/luz-propria-549357.shtml